Brasil é potência do esporte adaptado mesmo sem incentivos

Os nadadores Daniel Dias e Adriano Lima comemoram a colocação

do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012

Foto: Divulgação

Sétimo lugar nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 - com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e 8 de bronze - o Brasil vem se destacando cada vez mais no esporte adaptado. No entanto, a infraestrutura para os deficientes dentro do país ainda é precária, mesmo em grandes centros urbanos como São Paulo.

Desde 1995, o Comitê Paralímpico Brasileiro luta em prol da disseminação e desenvolvimento do setor no país, com diversos projetos de regulamentação e incentivo ao esporte, além da criação da Academia Paralímpica Brasileira, que visa a formação acadêmica e científica na área.

Com uma visão bem resolvida sobre a situação do esporte adaptado no país, o coordenador da Associação Desportiva para Deficientes, Sileno Santos, diz que a estrutura ainda é pouca e depende de incentivos, mas há outras questões que o governo precisa se preocupar. “Não adianta ter uma boa estrutura para a prática esportiva e a pessoa não conseguir sair de casa por conta da precariedade do transporte, por exemplo”.

Segundo Sileno, outro estímulo importante seria o desenvolvimento do esporte adaptado nas escolas, além do incentivo privado, crucial para qualquer atleta.

Na ADD, o principal objetivo é promover o desenvolvimento pessoal através do esporte e da educação, facilitando a inclusão social. “É muito importante para o deficiente a prática do esporte, pois melhora a auto-estima, a vida social. Ele percebe que é capaz de fazer várias atividades e levar uma vida normal”, afirma o fisioterapeuta Rafael Tambuque.

O educador físico Sileno Santos reforça a ideia e defende também que o esporte sempre é uma ferramenta importante para o desenvolvimento pessoal de qualquer um, por isso a atenção deve ser voltada àqueles que ainda não praticam nenhuma atividade física.

Agora, os atletas que brilharam na capital inglesa voltam os olhos para os Jogos do Rio, que acontecem em 2016, e o objetivo de elevar o Brasil ao quinto lugar no ranking mundial é ambicioso, mas se depender da força de vontade dos brasileiros, com certeza será a conquista de mais uma grande vitória.

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